17 de janeiro de 2017

Após muito tempo sem escrever aqui e com novas ferramentas e o advento do Facebook, onde tenho colocado a grande maioria das minhas reflexões, encerrarei as poucas atividades que tive por aqui e continuarei com as postagens no Google+ (que tem acesso público, recebe as postagens daqui, mas não vice-versa) e na minha própria página no Facebook, que é fechada. Caso alguém tenha interesse no que ando fazendo, me procure em: https://www.facebook.com/Carlos.Alexandre.Wuensche ou https://plus.google.com/+CarlosAlexandreWuensche Abraços,

4 de junho de 2012

Methane on Mars is not an indication of life: UV radiation releases methane from organic materials from meteorites

Methane on Mars is not an indication of life: UV radiation releases methane from organic materials from meteorites

Nessa busca de vida extraterrestre, qualquer dica pode ser preciosa mas qualquer caminho pode levar a lugar nenhum. Por muito tempo mencionei essa possibilidade em meus talks e agora, tendo que retira-la, vou colocar a alternativa - muito mais prosaica - de um processo não-biológico.

Abraços.

13 de maio de 2011

LSPE and OLIMPO missions' simulations

Today I had the 2nd meeting with People of the Cosmology group. This was sort of a busy week, with definitions of tasks on Monday and the first checkout today.

One of my activities here will be the simulations of flight and data analysis pipeline (well, the first version of it) for OLIMPO and LSPE ( Large Scale Polarization Experiment) dedicated to measure the CMB B-mode polarization. This task aims to optimize the exoeriments' scan strategies, mostly to avoid 1/f noise that comes from everything that moves in the payload, basically. Even gondola pendulation must be accounted for.

At this point me and 2 colleagues are starting from what we already did in the past... There's a lot of vector algebra to account for pointing and coordinate transformation from gondola ref frame to Earth ref frame to astronomical ref frame...

Next step there should be a hit map to estimate the experiment's sensitivity and we'll go from that point to verify the stepwise and continuously modulated strategies.

This will impact future mapmaking processes later so we may even compute it now in the first round.

More on Monday.

Buono fine setimana (sp?)

Enviado por C. A. Wuensche via iPhone.

1 de maio de 2011

Aquecendo os motores....

Hoje acordei cedo prá não ir à Basílica de S. Pedro nem ver a cerimônia de beatificação do papa João Paulo II... estimativa de 1,5 milhões de pessoas lá - 200.000 de vigília, cochilando na noite fria de sábado prá domingo. Com todas as minhas reservas à Igreja Católica Apostólica Romana, Karol Wojtyla foi uma figura especial e, mesmo com diversos traços de intolerância em questões que a Igreja teima em ignorar, ele foi um papa tolerante!!!! Que esteja em paz e que sua memória possa continuar fazendo bem a todos os que nele pensam.

Tudo fechado em Roma, comprei comida em um micromercado na frente da casa onde estou, almocei, cochilei e peguei prá terminar o projeto CNPq-ANR (França), ligado a aglomerados de galáxias. Segue abaixo um sumário da coisa:


Aglomerados como ferramentas cosmológicas
  1. Sumário Executivo
O objetivo desse projeto é desenvolver um modelo físico de aglomerados de galáxias, num contexto cosmológico, e desenvolver ferramentas para sua detecção e caracterização para diferentes técnicas observacionais, as quais deverão produzir grandes amostras de aglomerados nos próximos anos. Modelos detalhados serão desenvolvidos, com o objetivo de levar em conta as propriedades atualmente conhecidas, determinadas a partir de observações multifrequencia, incluindo propriedades de escalonamento, bem como a modelagem de sua função de distribuição e evolução ao longo do tempo cósmico. Isso permitirá prever com precisão as propriedades estimadas desse tipo de população para vários cenários, especialmente no domínio das observações do efeito Sunyaev-Zeldovich (SZ) e da faixa óptica do espectro eletromagnético. 
Adicionalmente, também serão aperfeiçoados algoritmos de detecção, principalmente baseados na Análise de Componentes Independentes (ICA), otimizados para a detecção cega de aglomerados SZ. Estes algoritmos permitirão a verificar a disponibilidade, eficiência, confiabilidade e possíveis “bias” no processo de recuperação de aglomerados em dados da Radiação Cósmica de Fundo e Microondas (RCFM). Diferentes funções de massa, obtidas a partir das relações de escala, podem ser comparadas com a função de distribuição observada, de modo a obter alguns observáveis ligados aos aglomerados - particularmente N(M,z) and dN(M,z)/dz - usados a posteriori para impor vínculos em diferentes cenários cosmológicos. 

É isso aí.... já são quase 1:30 da manhã e segunda feira é o primeiro dia na La Sapienza! Já me disseram que não precisa chegar cedo, mas o hábito é esse! Portanto, hora de recarregar as baterias! 

Boa noite! 

30 de abril de 2011

Projeto Itália

Pronto!!!

Finalmente cheguei em Roma, onde ficarei os próximos 90 dias. Parte do que postarei aqui diariamente terá a ver com o meu trabalho relacionado ao efei
to Sunyev-Zeldovich (SZ) e à polarização da Radiação Cósmica de Fundo em Microondas (CMB), parte estará relacionada a uma espécie de "diário de bordo" desses 90 dias.

Cheguei em Roma ontem as 16h50, depois de um vôo cansativo passando por Frankfurt. Hoje, um dia chuvoso, sai do hotel e estou na casa de uns amigos, até encontrar apartamento, que espero não passe de amanhã. Antes disso, andei MUITO a pé perto da Universidade de Roma "La Sapienza", onde vou ficar.... vi muita coisa interessante e antiga, com cara medieval, romana, contrastando com diversos edifícios modernos.

Por exemplo, parte da minha estadia vai ser financiada pelo Consiglio Nazionale delle Richerche (o CNPq italiano), que fica nesse prédio moderno... em contraste com o mosteiro com cara de medieval do outro lado da rua!!!









Agora estou terminando um pedido de auxílio ao CNPq (cooperação com a França) que deverá ser submetido na 2a. feira, portanto, só volto a postar amanhã à noite. Arrivederci!


22 de junho de 2010

Roda de choro

O choro é um gênero interessante... apreciado, mas pouco conhecido, raiz da música urbana brasileira, mas tratado pelo grande público como algo antigo e "sempre muito parecido", conforme já ouvi de várias pessoas menos afeitas às sutilezas da música.

O que acontece, talvez, é que a maioria do público que ouve o choro se ressente da ausência de uma letra ou não percebe as sutilezas de modulações harmônicas ou o diálogo entre os instrumentos (coisa presente também no jazz). Naturalmente, esse diálogo nem sempre acontece ou nem sempre fica legal, mas a experiência de se tocar o gênero passa por essa coisa da conversa na roda, da divisão dos solos, do diálogo entre cordas e sopros, ou entre a percussão e o cavaquinho.... E quando essas coisas acontecem, sinto algo parecido ao que já presenciei em rodas de flamenco autêntico ou em clubes de jazz: uma comunhão intensa entre quem toca e quem ouve, permeada por um silêncio respeitoso, quase religioso...

Nesse último sábado, tivemos a 3a. edição da Roda de Choro da Literacia, um espaço cultural em SJC que faz de livraria, boteco e centro cultural. Alguns músicos profissionais da cidade, uns estudantes de música e os diletantes (como eu) têm se reunido prá tocar... Roda mesmo, com partituras, experimentos com os acompanhamentos e um monte de choros "lado B", pouco ouvidos fora do circuito! O mais legal.... espaço para vários improvisos, repetições inesperadas e percussão de primeira.... dia 17/07 tem mais!!!!

Algumas fotos da roda de junho e um vídeo da roda de abril podem ser encontrados no PICASA.

Abraços!!!

Listinha de tarefas....

Essa postagem errática é um saco... mas estive pensando hoje que minha vida tem mudado bastante nos últimos 3 anos. Acho que a "caixa de ferramentas" prá lidar com as emoções humanas adquiriu alguns itens importantes nos últimos meses. E, certamente, a junção da intuição dos confrontos, resultado dos muitos anos de judô e afins, com algumas leituras recentes sobre o comportamento humano, tem uma grande parcela nisso!

Resultado é que a solução de conflitos sem confrontos e a manutenção do meu próprio equilíbrio e "espaço" tem acontecido de maneira regular. A capacidade que veio sendo construída, de se distanciar do problema e olha-lo de fora, permite, prá mim, a percepção de ângulos que ficavam ocultos antes.

Resultado prático: menos estresse no meu dia-a-dia!!!! E hoje, depois de uns 4 anos, volto a pisar num tatame.

Oneigaishimasu!

24 de agosto de 2009

Astrobiologia - a coisa está fervendo

Essas últimas duas semanas foram pródigas de resultados em astrobiologia... desde a descoberta de aminoácidos da vida (mais particularmente glicina) no cometa Wild 1 até os resultados mais recentes de exoplanetas divulgados na reunião da XXVII IAU General Assembly. A revista Ciência Hoje de agosto traz uma reportagem fantástica sobre astrobiologia e eu acabei fazendo duas palestras praticamente seguidas sobre o assunto no SESC São José dos Campos (11/o8) e no XXXVII Semana de Bio-estudos da Faculdade de Biologia da USP de Ribeirão Preto (21/08).

A palestra é intitulada "Astrobiologia: a vida no contexto cósmico" e discuto as condicões básicas para formação da vida na Terra, o que é habitalidade (tanto galáctica quanto planetária), o que são extremófilos e os resultados até o momento dessa busca. Tenho sempre mencionado quão interdisciplinar (ou seria multi? Trans?) é a astrobiologia e, coincidentemente, caiu nas minhas mãos um link da revista "Physics World", do fascículo de julho, intitulado "How physics is changing biology". Basta se registrar, é 100% de graça e o texto tem vários artigos, no mínimo, inspiradores.

Vou ler a revista e postar aqui o que achei de mais relevante sobre o tema... Enquanto físico de carteirinha e amante de biologia, vamos ver como está o bate-bola dessas duas ciências.

Abraços!

29 de julho de 2009

O retorno...

Uma semana de férias no Festival de Música de Ourinhos com a Tô... aulas com o Proveta, Maurício Carrilho, Fernando Paluan, só craque.

Várias notícias de música nos últimos dias: Projeto Show na Praça aceito, Projeto Funarte submetido prá tocar na Sala Guiomar Novaes, Quartas Musicais no Teatro Municipal aceito...

Muita vivência também pessoal na semana passada. Mas não vou escrever sobre isso aqui... tenho mais coisas ainda prá tocar: projeto temático, MoU para o Planck, ler a proposta de dissertação de um aluno, cuidar do exame de admissão pro 3o. período, mandar as matérias do 3o. período. Mas vamos lá!

Prá dar graça, duas fotos do Festival: Tô com a Luciana Rabello, na apresentação da prática de choro e eu, perto do Proveta (com o sax)... Saravá!!!!!

27 de novembro de 2007

Exoplanetas.... mais uma!

O artigo do Marcelo Gleiser sobre outras terras e, no minimo, didatico. Vejam a seguir.....

Abracos e boa 3a. feira.

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Quantas Terras?, artigo de Marcelo Gleiser


Antes de mais nada, a presença de água parece ser fundamental

Quando pensamos em vida extraterrestre, imaginamos logo seres que, bem ou mal, se parecem conosco: cabeça, olhos, boca, nariz, braços ou tentáculos, enfim, formas humanóides, popularizadas nos filmes de ficção científica.

Esse antropomorfismo dos ETs pressupõe que, nos planetas deles, existam também condições semelhantes às da Terra. O que, então, julgamos ser essencial para o desenvolvimento da vida? Antes de mais nada, a presença de água líquida parece ser fundamental.

Sem ela, fica difícil conceber como é possível que as reações químicas que caracterizam a vida, o metabolismo que transforma alimentos em energia e intenção em ação, possam ocorrer.

Reações em meios sólidos ou cristalinos são mais lentas e limitadas. Fora isso, a água é um solvente universal, extremamente eficiente. Nenhum outro conhecido se compara a ela.

Mais uma coisa: a água tem a maravilhosa propriedade de ser menos densa em estado sólido do que no líquido. Isto é, gelo bóia. Caso não fosse assim, a cada vez que chegasse o inverno, a superfície congelada dos oceanos afundaria. Em alguns anos, os oceanos estariam congelados por inteiro e a temperatura do planeta seria muito baixa.

Ademais, com os oceanos congelados, fica difícil vislumbrar a vida ou mesmo sua origem. Portanto, sem água líquida, mesmo que pouca, mesmo que muito fria ou muito quente, a vida não parece ser possível.

A pergunta óbvia é se existem outros planetas parecidos com a Terra, ao menos com um pouco de água. Começando com o nosso Sistema Solar, vemos que a coisa não é fácil. De todos os planetas e luas (mais de 60 delas!), apenas a Terra e Europa, uma lua de Júpiter, têm água líquida em abundância. Marte tem um pouco, já teve mais há bilhões de anos, mas agora é essencialmente um deserto gelado.

Europa muito possivelmente tem um oceano de água salgada sob uma crosta de gelo de dois quilômetros de espessura. Existem missões planejadas que irão até lá com brocas robóticas para extrair amostras dessa água.

Os outros planetas ou são muito quentes ou simplesmente não têm água -seja ela líquida, sólida ou gasosa. Não em quantidades apreciáveis. E no resto da galáxia? O número de estrelas na Via Láctea é cerca de 100 bilhões.

Na última década, a astronomia respondeu a uma questão que havia séculos intrigava as pessoas: será que existem outros planetas girando em torno de outras estrelas, feito a Terra e seus companheiros que giram em torno do Sol? Hoje sabemos que a resposta é um estrondoso "sim!" Não só existem "exoplanetas", como parece que a maioria absoluta das estrelas tem planetas em órbita a sua volta.

Não podemos dar uma resposta exata, mas estimar que, no mínimo, estrelas em geral têm de um a cinco planetas a sua volta, fora incontáveis luas. Mesmo essa estimativa sendo pessimista, um planeta por estrela, nos dá em torno de 100 bilhões de planetas na nossa galáxia.

E, desses planetas, quantos são como a Terra? Difícil dizer. Mas, no ano que vem, a missão Kepler, da Nasa, vai tentar estimar a fração de planetas do tipo terrestre: com órbitas que permitam a existência de água líquida e com massa semelhante à da Terra.

Mas vamos ser pessimistas e dizer que apenas 1 em 1 bilhão de planetas é parecido com a Terra. Só na nossa galáxia seriam umas cem Terras. Considerando que existem outras 100 bilhões de galáxias pelo Universo afora, cada uma com suas 100 bilhões de estrelas (em média), são 10 trilhões de Terras no Universo. Seria muito estranho que a vida tivesse surgido só aqui. Nesse meio tempo, porém, nos resta apenas aguardar.

Um encerramento de mes

Ontem estive na banca de mestrado de um aluno do IF/USP; Henrique Xavier. Ele falou da tomografia do Universo usando a Radiacao Cosmica de Fundo. Excelente trabalho, bem escrito, bem fundamentado, com todas as contas bem abertas, e com uma visao de aplicacao em cosmologia bastante interessantes.

O complicado dos resultados que ele apresenta e que os numeros nao sao la muito promissores se eles forem usar as medidas da RCF, ja que as amplitudes do que se espera nesse caso sao da ordem de 0,09 microK! Mas outras coisas podem ser feitas, buscando-se observar os efeitos em amplitudes maiores (da ordem de micro K).

Era isso ai... voltando para o efeito SZ!

19 de novembro de 2007

Mais uma sobre o esoterismo científico...


O texto que está no link anexo é de Marcelo Gleiser e saiu na Folha de São Paulo de 12/11/2007. Frequentemente esse tema cai na "roda de discussão" na escola MOPPE, onde minha filha estuda.

O Marcelo abordou uns aspectos interessantes sobre a credilidade de quem apresenta evidências de pseudo-ciência e usa argumentos de autoridade. Não coincidentemente tive que adotar a linha exclusivamente factual, sem argumentos de autoridade, tradicão ou iluminacão num evento de que participei no último dia 15/11, em Curitiba.

Não usar esse tipo de argumentos, mas deter-se exclusivamente nos fatos é algo complicado, quando seus interlocutores não querem ouvir. E quando você pede que eles te exponham aos fatos que tão intensamente defendem, a resposta é tipicamente a mesma: "Você não está espiritualmente preparado".

Quando as pessoas falam de física quântica, espiritismo e "contatos imediatos de terceiro grau" com quase a mesma propriedade com que falam da escalacão da Selecão Brasileira, fico arrepiado e penso... será que elas realmente acham que por silogismos e analogias as idéias místicas de filmes como "O Segredo" e "Quem somos nós" realmente podem se tornar realidade?

Será que elas realmente acham que a intensidade dos campos gerados durante atividades cerebrais meditativas são suficientes para alterar os índices de criminalidade de toda a cidade de New York de forma significativa? Não sou lá um grande fã do Marcelo Gleiser, mas esse texto passou a fazer parte do meu "kit de defesa" contra a pseudo-ciência.



23 de agosto de 2006

Dark matter... finally an evidence! Or not?


On August 21 there was an announcement regarding Dark Matter (DM) detection evidence from weak lensing observations of a known cluster merger (astro-ph/0608407). Douglas Clowe et al claim that the collision of two clusters, at z=0296, separates the dissipationless stellar and the X-ray emitting plasma components. The gravitational lensing maps shows clearly that the gravitational potential does not trace the plasma distribution, as can be seen from the picture. The X-ray images were made from Chandra data and the optical ones are a combination of VLT and HST/ACS in different bands (R, B, V).

What are the consequences of this claim? First of all, it is interesting to pay attention to the claim that the deformed structure detected does not depend on the (standard) cosmology adopted: Omega_M = 0.3, Omega_Lambda=0.7 and H0=70 km/s.Mpc. If the cosmology is changed, the distance and absolute masses will change, but not the observed structures, since the relative mass of the various structures do not change. The second claim is that the lensing cannot be explained by any alternative gravity model where the force scales with baryonic matter. In their words, "The lensing peaks require unseen matter concentrations that are more massive than and offset from the plasma."

So, what is measured is the spatial separation of baryonic matter from hypothesized DM during a cluster merger. Then, the hypothesis of DM is compared to visible matter+modified gravity (e.g., MOND), and the conclusion is that the observed displacement between the baryonic bulk and the gravitational well proves the presence of dark matter, under the assumption of "usual" gravity behavior.

For tomorrow, I'll comment the possibility of absence of cosmic acceleration (Middleditch, astro-ph/0608386) due to a flaw in the SN Ia explosion model paradigm (explosion of a degenerate core of a white dwarf under accretion of matter in a binary system).

I'll call for the day!

18 de agosto de 2006

What is a planet, after all?

It's been a few months since I posted, actually almost exactly 7 months... Let's see if I can keep it going now. Meanwhile, my science life has changed quite a while, with a much greater drive to astrobiology than for cosmology. And this, particularly the discussion about planets, is what brought me back.

You all may have heard that Pluto is risking to be disconsidered being a planet after the IAU Meeting that is taking place in Praga right now. In August 22 there will be a voting session, conducted by an IAU Commission, called the Planet Definition Committee, to decide, among other things, the statuts of Pluto as a planet, after the discovery of some other cousins with comparable dimensions and as large a period as Pluto.

Naturally, such discussions involve not only scientific but also social, historical and even philosophical aspects. For now, we accept the following criteria to define a planet:

  1. Planets must have masses above 5E20 kg
  2. Planets must have diameters above 800 km
  3. Planets must be spheroids (coming as a consequence of hidrostatic equilibrium in the presence of self-gravity)
  4. Planets orbit stars, being neither another star or a satellite of another object
What about binary or multiple planets and objects? Are they different from a planet and its satellites? If the primary (most massive) object satisfies the above criteria, it will be a planet. For the secondary or others, if the baricenter of the considered objects reside outside the primary, the secondary will be also considered as a planet and it will be a binary (or multiple) system. Otherwise, the secondary (less massive) will be a satellite.

We recognize now the eight classical planets, which move in almost circular orbits close to the ecliptic plane, and other planetary objects, such as asteroids, comets and the so-called TransNetunian Objects (TNO). From the above 4 definitions, the asteroid Ceres, for instance, can be considered a planet but, for historical reasons, it may be referred to as a "dwarf planet", to distinguish it from the classical ones. So, calling Ceres an asteroid is not technically correct any longer...

The TNOs are now being called "plutons" and include, besides Pluto and Charon, candidates such as Sedna, Quaoar, Orcus, Varuna, 2003 EL61 and 2003 UB313, all of them with dimensions similar (0.5 to 2 times) to Pluto, round and orbiting the Sun.

To close this post, all non-planet objects orbiting the Sun are now called "Small Solar System Bodies", as opposed to the old nomenclature: "Minor Planets".

Good to be back to this place.

19 de janeiro de 2006

Getting started in 2006

After 40 days away, here am I to restart the task of posting about my science life.

Good thing to get the year started: the paper on CMB angular correlations with Armando Bernui, Ivan Ferreira, Thyrso Villela and Rodrigo Leonardi was accepted after some time discussing with the referee. It will be published in March, as of my latest understanding. The editor said:

"Dear Dr Bernui,

We are very glad to inform you that your paper, "On the cosmic microwave background large-scale angular correlations", has been accepted for publication as a Research Note in Astronomy and Astrophysics, section 3. Cosmology (including clusters of galaxies). The official date of acceptance is 16/01/2006."

Goody! I will also close another paper on the Sunyaev Zeldovich effect with Raul Abramo and Laerte Sodre next week... it is the same subject I presented at the IAU Regional Meeting in Chile last month. We have to finish some calculations and give the paper a final form.... it's been 2 years and I got a ride on this one, because I was not part of it in the 1st submission. Then Raul asked me to help with some stuff and inivited me to be a co-author.

Well, regarding LARIM (the Chile IAU meeting), my opinion is that it was poorly organized, and will dedicate a sole poster to it tomorrow. Good to be back here.

10 de dezembro de 2005

Trip to Chile - 1) La Serena

Now... Saturday afternoon, after resting for more than 8 hours, I can post something more useful and make the scratch from last night turn into a poster.

I came to CTIO Headquarters on Friday afernoon and met Stephen Heathcote (big boss here) and Kepler Oliveira, a brazilian friend and a pretty good astronomer. I sat around, worked on my talk and stayed for a remote observation session at SOAR telescope last night. What a program!!! They were following the star HD221226, with three 20 min. exposure, then a calibration star was targeted and back to the same object again.

Then I left to work on my Monday morning talk on the SZ effect and, after 3h00 AM I went "home".

What is amazing about it? The most interesting thing is that, through a teleconference and 3 or 4 internet connections to SOAR, people at La Serena (CTIO Headquarters), Cerro Pachon (SOAR site) and University of Michigan could simultaneously follow - and even control - the observations. It was just not possible 5 years ago. Now, we can chat in real time and control the telescopes from the other side of the Earth!!!

Well, we still need the telescope operators for safety and fine tuning of the telescope parameters, but the science part can all be done remotely. As I was telling Alexandre Oliveira, a Brazilian resident astronomer at CTIO, "it is not robotic yet, but it is - quite sucessfully - really remote".

Now, you all have a good Saturday. I am finishing the details of my talk and tomorrow I will drive to Cerro Pachon and Cerro Tololo. Just wait great pictures soon.

Hasta la vista.

8 de dezembro de 2005

Leaving to Chile - 11th Regional IAU Meeting

Not much to post today. Finished my poster for IAU, discussed the closing of the topology paper with Armando Bernui... we keep on excusing ourselves along the whole text, saying that what we detect is not a foreground signal. It clearly comes from CMB but we do not dare to say that, UNTIL TODAY (so I hope). A couple more days and I expect to close this paper before the end of the year. You can check another "reading" of this topology approach through a paper of Armando Bernui on astro-ph/0511592.

Otherwise, paperwork, luggage preparation, writing last minute emails... one good thing is that in Chile I will have some spare time to work on the preparation of two other papers for early January 2006 (MNRAS with Ana Paula and Andre; ASTROBIOLOGY with Claudia, Amancio, Sergio and Heloisa). Great closing of 2005!

OK, I am departing to Guarulhos airport in about 1h for the 11th IAU Regional Meeting. Will try to keep you posted from there. There are some very promising talks scheduled during the meeting and I will also report my impressions from Cerro Tololo International Observatory and from my talk there.

See you Friday!

6 de dezembro de 2005

The I Brazilian Workshop on Astrobiology



For over 2 weeks I have been dealing with finishing two papers and organizing this Astrobiology workshop. The objective of the I Brazilian Workshop on Astrobiology (BWA) is to gather, for the first time in Brazil, professional scientists and graduate students from different fields that have been working or are interested in starting a career in one of the various topics related to Astrobiology, in a formal and academic environment.

The increasing number of papers in this area in the last few years is noticeable, coming mainly from Astronomy, Biology, Chemistry and Geology fields. Presently in Brazil there are astronomers searching for exoplanets, trying to understand the formation of planetary discs and, along with chemists, studying the chemistry of interstellar medium, particularly searching for organic compounds. Biologists have focused on extremophiles, studying their survival conditions and evolution in environements under extreme conditions (high temperature, pressure, salinity and pH). Geologists have worked in the investigation of atmospheric and geologic records of young Earth.

The I BWA is intended as an environment for scientists and graduate students interested in this multidisciplinary field to exchange ideas, results and perspectives for the development of the field in Brazil, with poster sessions, review talks and oral communications. The discussion sessions at the end of morning and afternoon talks will offer a good opportunity to exchange specific knowledge and expertise among the different fields represented in the workshop.

Go visit the web page!!!

Right now, finishing the IAU poster - "Can the Local Supercluster explain the low CMB multipoles?". The idea is that the low quadrupole observed in the CMB power spectrum since the COBE measurements, and confirmed by many other experiments in the late 90s and the WMAP data, might be due to the SZ effect in the direction of the Virgo cluster. The strong effect may remove the CMB photons from that area, distorting the low order multipoles and introducing an alignment mainly noted in the quadrupole and octupole.

We made a statistical test to verify if the alignment and the low intensity of the quadrupole could happen by chance. In short, the chance that this alignment is caused by a SZ intensity as we propose is larger than 1 sigma. On the other hand, the chance that the effect is purely caused by the CMB data as measured by WMAP is ruled out by over 2.5 sigma.

I gotta go back to finish the poster.

Soundtrack: Bluesology (Modern Jazz Quartet)

16 de novembro de 2005

Away for 5 days

In the last few days I was busy and yesterday it was a holiday in Brazil, so...

The DES (Dark Energy Survey) workshop happened on Nov 10-11 and I spent the day there on Friday. My talk was the 2nd on Friday morning, speaking about the SZ effect and observations that could be made comparing the DPOSS survey with WMAP data. I actually did not show much of what I've been doing with Reinaldo and Paulo, but could show the possibilities...

From Saturday to today I spent my time preparing the proposal to FINEP for the 1st Brazilian Workshop on Astrobiology... it's booming all over.... we have a good speaker coming from Imperial College (David Catling) and are trying another one, more biology-oriented.

So far, just paperwork and doing correlation analysis for the SZ paper to be presented at IAU in Pucon (December 12-16). UEEEEEEEEEEEBBBBBBBBAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!

Well, gotta go to the dentist.

9 de novembro de 2005

Weekly talk and point sources

Yesterday Simone Daflon, from Obs. Nacional, presented a talk on "Rotation and chemical abundances in B-stars". Nice talk, but too far away from my field. Later I started checking the point source distribution in the BEAST maps... terrible, I am pretty sure the numbers I got are wrong. Should check the galaxy cut and the RMS value.

The morning (yesterday and today) were spent doing stuff for the astrobiology workshop that will happen in March 20-21. Pretty good stuff, and the topics will be:

Exoplanets search
Habitable zones
Biomolecules in the ISM
Essential chemistry for life
Biogeochemistry and alternative chemistries for life

Now, back to BEAST point sources search.... 14h00 and couting.

8 de novembro de 2005

First post

Hello world! (Fortran standard for the first whatever you do in programming)

This is just to check if my first post is working.