22 de junho de 2010

Roda de choro

O choro é um gênero interessante... apreciado, mas pouco conhecido, raiz da música urbana brasileira, mas tratado pelo grande público como algo antigo e "sempre muito parecido", conforme já ouvi de várias pessoas menos afeitas às sutilezas da música.

O que acontece, talvez, é que a maioria do público que ouve o choro se ressente da ausência de uma letra ou não percebe as sutilezas de modulações harmônicas ou o diálogo entre os instrumentos (coisa presente também no jazz). Naturalmente, esse diálogo nem sempre acontece ou nem sempre fica legal, mas a experiência de se tocar o gênero passa por essa coisa da conversa na roda, da divisão dos solos, do diálogo entre cordas e sopros, ou entre a percussão e o cavaquinho.... E quando essas coisas acontecem, sinto algo parecido ao que já presenciei em rodas de flamenco autêntico ou em clubes de jazz: uma comunhão intensa entre quem toca e quem ouve, permeada por um silêncio respeitoso, quase religioso...

Nesse último sábado, tivemos a 3a. edição da Roda de Choro da Literacia, um espaço cultural em SJC que faz de livraria, boteco e centro cultural. Alguns músicos profissionais da cidade, uns estudantes de música e os diletantes (como eu) têm se reunido prá tocar... Roda mesmo, com partituras, experimentos com os acompanhamentos e um monte de choros "lado B", pouco ouvidos fora do circuito! O mais legal.... espaço para vários improvisos, repetições inesperadas e percussão de primeira.... dia 17/07 tem mais!!!!

Algumas fotos da roda de junho e um vídeo da roda de abril podem ser encontrados no PICASA.

Abraços!!!

Listinha de tarefas....

Essa postagem errática é um saco... mas estive pensando hoje que minha vida tem mudado bastante nos últimos 3 anos. Acho que a "caixa de ferramentas" prá lidar com as emoções humanas adquiriu alguns itens importantes nos últimos meses. E, certamente, a junção da intuição dos confrontos, resultado dos muitos anos de judô e afins, com algumas leituras recentes sobre o comportamento humano, tem uma grande parcela nisso!

Resultado é que a solução de conflitos sem confrontos e a manutenção do meu próprio equilíbrio e "espaço" tem acontecido de maneira regular. A capacidade que veio sendo construída, de se distanciar do problema e olha-lo de fora, permite, prá mim, a percepção de ângulos que ficavam ocultos antes.

Resultado prático: menos estresse no meu dia-a-dia!!!! E hoje, depois de uns 4 anos, volto a pisar num tatame.

Oneigaishimasu!